O lindo rapaz da lanchonete agora mostrava o seu rosto enigmático e perfeito para mim. Eu nunca havia visto sua pior face e agora, nesse exato momento, estava presenciando aquela triste história... Minha história... Que talvez houvesse de ter o pior fim.
Nua, tentando me esconder de todos que estavam ali naquele quarto, eu começava a sentir suas mãos tocarem minha pele devagar, conforme se aproximava de mim.
Entre alguns burburinhos, eu sussurrava de medo e vergonha. Eu pedia para que ele não encostasse em mim, mas era impossível aquele meu desejo ser atendido.
Não passou muito tempo e logo ele já havia ido embora.
Olhou-me por inteira e me deixou lá com aquelas pessoas.
Duas senhoras de jaleco começaram a conversar sem nenhuma restrição ou mistérios sobre o que falavam. Não se importavam em me deixar ouvir. Mas o pior de tudo era que a falta de sigilo delas, me fazia suar ainda mais frio.
Eu podia ouvir, mas não podia entender... Eram tantos termos técnicos, que naquele instante eu gostaria de ter feito uma faculdade de Medicina.
Porém a última frase me chamou a atenção:
_ É melhor darmos esse remédio a ela. Ela ficará inconsciente e seu corpo será mais fácil de examinar.
Eu quis correr, mas o rapaz misterioso, que havia falado comigo na garagem, me segurou.
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